Para muitos milhões de americanos reprimidos pela segregação que as leis raciais impunham, este discurso histórico foi um raio de esperança na sua luta pela liberdade e igualdade.
Graças a grandes homens e mulheres humanistas como Luther King, Ghandi, Nelson Mandela, Rosa Parks e Kate Sheppard, que lutaram contra leis que restringiam a sua liberdade e a dos seus, contra a intolerância de seres humanos por seres humanos e a injustiça, o nosso planeta tornou-se um lugar mais justo.
Cinquenta anos depois de Luther King ter proferido estas palavras, fica uma reflexão, o que mudou? O que falta mudar para tornar este planeta um sítio mais justo, fraterno, igualitário, humano? Devemos continuar a sonhar e a lutar por um mundo mais justo, fraterno e humano ?
Quando paro para olhar, apercebo-me de que falta muito, muito mesmo. Esta é uma tarefa que não tem fim, e provavelmente nunca terá. Mas hoje, quando cresce o sentimento de injustiça, a miséria, a intolerância, quando milhões de pessoas estão desempregadas e perdem a sua esperança, quando a corrupção e falência dos modelos de governação estão à vista e existe uma perda generalizada de valores morais e éticos, importa não esquecer as palavras deste mesmo discurso proferido à cinquenta anos:
"Não, nós não estamos satisfeitos, nem iremos estar satisfeitos até a justiça rolar como a água e a rectidão como uma corrente poderosa (...) Não nos deixemos cair no vale do desespero. Eu digo-vos, meus amigos, nós temos dificuldades de hoje e amanhã. Eu hoje tenho um sonho (...) Com esta fé vamos ser capazes de transformar as discórdias estridentes da nossa nação numa bela sinfonia de irmandade"
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